sábado, 5 de janeiro de 2013

História da Filosofia no Brasil II - 2015.2

Disciplina FCF 655 História da Filosofia no Brasil II
Dia e Horário segundas, 08h40 às 12h00
Professor Luiz Alberto Cerqueira

Ementa: A modernização como problema filosófico.
Programa de Curso

A modernização e a descolonização do espírito brasileiro: liberdade e escravidão
Proveniente dos naturalistas, a ideia de evolução, na medida em que envolve os conceitos de transformação e melhoramento, contribuiu para conferir força de lei à necessidade de reformas no Brasil pós-Independência, tanto na esfera social quanto emocional e mental do indivíduo, passando assim a integrar-se à ideia de civilização defendida pelos filósofos modernos como realização de povos livres. Este entendimento, aceito como um postulado no mundo científico e industrial do século XIX, levou a intelectualidade brasileira, que frequentara os grandes centros europeus de ensino universitário e de cultura moderna, a admitir como sendo errado, perigoso e condenável, do ponto de vista histórico, econômico e político, manter no Brasil o instituto da escravidão. Tal evidência de caráter científico, mesmo tendo sido suficiente para que na Constituinte de 1823 José Bonifácio de Andrada tivesse assumido um papel político de vanguarda quanto à participação dos povos indígenas e de origem africana na sociedade brasileira, todavia não foi suficiente para impedir que, no âmbito filosófico, o mesmo autor que promoveu a reforma da literatura mediante a recepção do romantismo, Gonçalves de Magalhães, fundasse a doutrina conservadora no Brasil para justificar a coexistência de senhores e escravos.
Objetivo
Mostrar como, do ponto de vista da liberdade como um poder contracausal, somos capazes de impedir a nós mesmos de continuar agindo tão somente em conformidade ao modo habitual de entender e segundo uma causalidade mecânica.
conteúdo pragmático
Produzir a reflexão e o debate sobre o conteúdo do curso enquanto problema.
metodologia e avaliação
Leitura e análise dos textos propostos com vistas a prova escrita e/ou trabalho em grupo.
Bibliografia
BARRETO, Tobias. “Relatividade de todo conhecimento”. Disponível em: <http://textosdefilosofiabrasileira.blogspot.com/2008/06/relatividade-de-todo-conhecimento.html>. Acesso em: 23/06/2015.
BARRETO, Tobias. “Notas a lápis sobre a evolução emocional e mental do homem”. Disponível em: <http://textosdefilosofiabrasileira.blogspot.com.br/2013/02/notas-lapis-sobre-evolucao-emocional-e.html>. Acesso: 23/06/2015.
CERQUEIRA, L. A. (2002). Filosofia brasileira — Ontogênese da consciência de si. Petrópolis: Vozes.
DESCARTES, R. (2002). Princípios da filosofia. Trad. de Guido Antônio de Almeida (coordenador), Ethel M. Rocha, Ulysses Pinheiro et alia. Rio de Janeiro: UFRJ.
KANT, I. Crítica da razão pura, Prefácio à segunda edição. Disponível em: <http://charlezine.com.br/wp-content/uploads/Cr%C3%ADtica-da-Razão-Pura-Kant.pdf>. Acesso: 23/06/2015.
MAGALHÃES, D. J. Gonçalves de (2004). Fatos do espírito humano. Organização e estudo introdutório de Luiz Alberto Cerqueira. Petrópolis: Vozes. Cap. XV disponível em: <http://textosdefilosofiabrasileira.blogspot.com.br/2008/06/fatos-do-esprito-humano-cap-xv_20.html>. Acesso: 23/06/2015.


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